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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cultura Cervejeira e Marketing...


Segue um debate super interessante sobre a cultura, público alvo e marketing do mercado das cervejas industriais. 


#JobCast 3: A influência da cultura nas campanhas de cerveja (1/2)



#JobCast 3: A influência da cultura nas campanhas de cerveja (2/2)



"Cerveja boa não precisa de propaganda!" (todos riram)
e os risos nos transmite um alerta: Precisamos de um marketing mais bem trabalhado, achar o público alvo e ativar um sentimento diferenciado nos consumidores de cervejas artesanais. 

Prost!  

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Preparando uma Imperial Stout

Prezados,

Em viagem aos EUA tive a oportunidade de visitar Phoenix, no Arizona.  Cidade onde morei por 6 anos e aprendi a fazer cerveja.

Meu professor foi (e ainda é) Dan Teff.  Pessoa excelente, muito gente boa, juiz do BJCP e um cervejeiro de mão cheia.  Já ganhou diversos concursos com diversos estilos de cerveja, algumas inclusive com minha modesta ajuda.

Uma vez em Phoenix, fomos fazer uma cerveja (por que não?!).  Resolvemos fazer uma Imperial Stout.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Já estamos nos preparando para um Sexto Workshop

Entusiasmados com o sucesso do último curso, nós da RecBrew não vamos deixar a coisa esfriar. e por isto mesmo já estamos marcando a data de nosso próximo Workshop sobre produção de Cerveja Artesanal.

No próximo curso estaremos levando uma cerveja com adição de frutas típicas da região. Imperdível!


Mais informações pelo e-mail: cursodecervejaartesanal@hotmail.com

Ein Prosit!

V Workshop de Cerveja Artesanal

Ontem realizamos mais um Workshop de Cerveja Artesanal.  Mais uma vez um secesso!  Alunos atentos, ótimas perguntas, excelentes cervejas (modéstia parte estavam boas mesmo) e novos amigos.

Obrigado a todos mais uma vez pela participação.

Aos que não conseguiram se inscrever, teremos outro curso em fevereiro/2012.

Abaixo as fotos para registrar o momento.

Abraços

PS. Foram servidas as seguintes cervejas em ordem: Witbier, Vienna Lager, Belgium Dark Strong Ale, Winter Lager.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vagas encerradas para o V Workshop

Para cada vez termos um workshop mais proveitoso somos obrigados a limitar o número de participantes por curso em uma quantidade razoável de participantes.



Informamos então que as vagas do V WORKSHOP RECBREW de CERVEJA ARTESANAL
tem suas Vagas ENCERRADAS em prazo recorde. 

Agradecemos aos interessados e nos comprometemos a realizar o VI WORKSHOP assim que reunirmos as condições necessárias.

Aos que vão neste próximo sábado lembramos a todos: 
"SE BEBER NÃO DIRIJA!"
Como o Curso é sobre Cerveja artesanal: 
Vá de táxi ou carona!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Inscrições Abertas

ATENÇÃO TODOS!!!

Inscrições  abertas para o Worshop de Cerveja Artesanal que será realizado no dia 10/12, aqui em Recife, na sala de cursos do Sam's Club, na Imbiribeira.

Quem tiver qualquer dúvida entrar em contato pelo email:

cursodecervejaartesanal@hotmail.com

Ou ainda Clicando Aqui e respondendo ao questionário.



 Brassagem aberta na última festa da ACervA-PE




Cheers!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brew Dog 5 AM

Prezados,

Tive ontem a oportunidade de experimentar a cerveja 5 AM da cervejaria escocesa BrewDog, num jantar na casa da grande amiga, e figura, Bel Wanderley.

Que me perdoe minha grande amiga, a qual acha a 5 AM uma das melhores cervejas do mundo, mas o que mais me chamou a atenção nesta cerveja foi o rótulo, que traduzo abaixo:

"Vocês provavelmente não sabem muito sobre cerveja.
Vocês não entendem cerveja.  Vocês não sabem o que é uma cerveja boa e quão patéticas as cervejas de massa são.  Isso é irônico se vocês considerarem a quantidade de cerveja consumida na Grã Bretanha.
Vocês utilizam a mesma falta de atenção, conhecimento e paixão em outras áreas de suas vidas?
O que isso diz de vocês?

Talvez vocês queiram definir suas vidas através de uma cerveja sem gosto, que busca um denominador comum para poder vender.

Nós não temos nada haver com isso.
Mas a culpa não é só sua.

Vocês não tem escolha. Vocês são seduzidos pelos grandes investimentos em campanhas publicitárias das cervejas de massa.
Vocês tem seus cérebros lavados pelas mentiras contadas pelas pseudos veracidades das propagandas grandes cervejarias.  Vocês não podem fazer nada a não ser serem sugados por isso.
Nós da BrewDog estamos numa missão para abrir os olhos de quantas pessoas forem possíveis.
A cena cervejeira na Grã Bretanha está doente.
E nós somos os médicos."

Acho que sumariza tudo o que todo home brewer sempre quis dizer a todos.

Cheers!

domingo, 11 de setembro de 2011

VLB Berlin!!


Cervejeiro João Filipe Muniz neste momento atravessando o Atlântico a caminho de sua próxima peregrinação cervejeira pela Europa.

Desta vez incluindo curso intensivo de Craft Brewing na renomada VLB Berlin, onde ocupará uma das poucas vagas oferecidas este ano.


Cheers!! :)

sábado, 10 de setembro de 2011

Como fazer uma Irish Red Ale


Mais um dos estilos que serão julgados no próximo concurso nacional de cerveja caseira, em Piracicaba/SP, em junho de 2012, a Irish Red Ale é uma cerveja da escola inglesa facilmente encontrada em pubs daquela ilha. Fácil de beber, bem equilibrada, caracteriza-se por um aroma de malte, cor avermelhada - devido a adição de pequenas quantidades de malte torrado, podendo ser utilizada levedura de alta ou de baixa fermentação.

Segue a traducão do BJCP para o estilo:
 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como fazer uma Russian Imperial Stout



Seguindo nossa linha de comentar sobre todos os estilos que estarão no próximo concurso, falaremos hoje sobre o estilo Russian Imperial Stout, cerveja da escola inglesa feita sob medida para a família real Russa.

Abaixo está a tradução do estilo no BJCP, lembrando que é uma tradução livre.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Encontro e Brassagem da ACERVA-PE

Um Brinde ao lado da choppeira

Cerveja para nós é muito mais do que só uma bebida.
é uma filosofia de vida, um elemento chave de encontro saudáveis e familiares.
Foi com muito esforço e sacrifício que Eu, Manuela, Romero e Juliana com a participação direta de Sérgio Malaquias, José Ricardo Constantino e Dayse Constantino fizemos um dos melhores e provavelmente o maior encontro da ACERVA- PERNAMBUCO até hoje.

O Encontro ficou marcado pela alegria dos participantes, ótima comida mexicana e cervejas muito interessantes.


Próximo Workshop

Inscrições abertas para o V Workshop de Cerveja Artesanal
com Filipe Muniz e Romero Perman.
Para proceder basta entrar no link (banner) relativo ao workshop no menu à direita.
Chame os amigos, garanta a sua vaga (e o tradicional desconto para os primeiros inscritos)!

Brewery workers at the Oderbolz Brewing Co., Black River Falls, late 19th century.

Cheers!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cozinhando com Cerveja

Hoje os cervejeiros Filipe Muniz e Romero Perman gravam matéria para o Chef em Casa, preparando um almoço com receitas elaboradas com diferentes tipos de cerveja para compor o prato e harmonizando tudo no final também com uma cerveja de produção própria.

Para entrar no clima das receitas com cerveja, vamos compartilhar uma receita já testada e aprovada, inclusive por membros da ACERVA-PE e participantes do IV Curso de Cerveja Artesanal.

BOLO de Cerveja Preta

Ingredientes:
50gr cacau
200ml Cerveja Preta
110gr manteiga
275gr açúcar demerara
2 ovos grandes175gr farinha de trigo1/4 colher (chá) de fermento
1 colher (chá) de bicarbonato
para Cobertura e Recheio:110gr açúcar de confeiteiro
50gr manteiga2 colheres (sopa) de cerveja preta
110gr chocolate amargo25gr nozes picadas
para Decorar:
Nozes


Preparo:

1. Bater bem o açúcar e a manteiga (aprox. 4 minutos)

2. Ainda batendo, adicionar os ovos gradualmente.
3. Peneirar farinha, fermento e bicarbonato juntos. Separadamente
misturar o cacau com a cerveja. Adicionar ambas preparações, pouco a pouco e alternadamente na massa. Misturando levemente (não mais com a
batedeira).

4. Untar duas formas redondas (20cm) + forrar o fundo com papel manteiga. Pode ser generoso nessa parte!

5. Levar a 180º por 30-35 minutos. O bolo não cresce muuito e afasta das laterais da forma (é assim mesmo, não está solado, relax :)


6. Preparar o recheio/cobertura: Bata a manteiga com o açúcar, gradualmente adicione a

cerveja, por fim misture o chocolate derretido. Misture as nozes picadas em metade desta mistura (para o recheio) e

reserve a outra metade para a cobertura.


7. Remova o papel manteiga do bolo após desenformar e é só rechear e decorar.
Cheers!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Concurso Nacional de Cerveja 2012

Prezados,

Já temos a confirmação de algumas informações concernentes ao concurso nacional de cerveja que será realizado em 2012.
A primeira informação é que será realizada na cidade paulista de Piracicaba no começo de junho (durante o feriado de Corpus Christi).

Dessas vez os cervejeiros artesanais estarão competindo em 5 estilos, ao invés dos 3 deste ano. A escolha dos estilos ocorreu através de votação entre os membros das ACervAs de todo o Brasil, sendo que 1 estilo ficaria por escolha da ACervA organizadora - no caso a Paulista - 1 estilo seria um estilo livre (desde que utilizando algum ingrediente tipicamente brasileiro) e os outros 3 eleitos por todos.


domingo, 21 de agosto de 2011

BJCP Estilo 5C - doppelbock



Prezados,

Fizemos algumas traduções do BJCP e vamos colocá-las aqui. Assim mais pessoas poderão ter acesso ao que rege o guia dos jurados de cerveja. Decidimos fazer primeiramente a tradução do estilo Doppelbock, 5C no BJCP, um dos estilos do próximo concurso nacional de cerveja.

5C- Doppelbock

Aroma: um maltado muito forte. As versões mais escuras terão aromas significantes de melanoidina e bolacha. Um sabor de caramelo é aceitável por causa da longa fervura. As versões mais claras terão uma presença forte de malte com alguma nota de melanoidina e bolacha. Sem aromas aparentes de lúpulo, entretanto um aroma leve de lúpulos nobres é aceitável em versões mais claras. Sem diacetil. Um aspecto moderado baixo de frutas normalmente descritos como ameixa, uva pode estar presente (mas é opcional) nas versões escuras por causa da reação entre o malte, a fervura e o envelhecimento. Um aroma muito fraco de chocolate pode estar presente nas versões mais escuras, mas aromas de torrado e queimado não pode estar presentes nunca. Um aroma moderado de álcool pode estar presente.

Aparência: uma cor dourado profundo a marrom escuro. Versões mais escuras tem um brilho avermelhado. A maturação deve prover boa claridade. Uma espuma grande, cremosa e persistente (cor variando com o estilo base: branca para versões mais claras, esbranquiçada para as variedades escuras). Versões mais fortes podem ter uma retenção menor de espuma.

Sabor: sabor rico e maltado. Versões mais escuras terão sabores de melanoidina e bolacha significantes. Um sabor muito fraco de chocolate é opcional nas versões mais escuras, mas nunca deve ter sabor de queimado ou torrado. Sabor limpo de lager e sem diacetil. Algum frutado (ameixa ou uva) é opcional nas versões mais escuras. Terá, invariavelmente, uma impressão de ser uma cerveja alcoólica forte, mas ao mesmo tempo deve ser suave e aquecedor ao invés de queimado e duro (difícil de beber). A presença de álcool superiores deve ser pouca a nenhuma. Sabor de lúpulo deve ser pouco a nenhum (mais aceitável nas versões mais claras). O amargor do lúpulo varia de moderado a moderado baixo mas sempre permitindo que o malte domine o sabor. A maioria das versões são bem doces, mas deve dar a impressão de atenuação. A doçura é proveniente da pouca adição de lúpulos e não pela fermentação incompleta. Versões mais claras tem, normalmente, um final mais seco.

Sensação: corpo médio grande a grande. Carbonatação moderada a moderada baixa. Muito suave, sem acidez ou adstringência.

Impressão total: uma lager forte e rica. Uma versão maior da Traditional bock ou da Helles bock.

História: uma especialidade da Bavária, feita primeiramente em Munich pelos monges de São Francisco de Paulo (St. Francis of Paula). Versões históricas eram menos atenuadas do que as interpretações modernas, consequentemente tinham uma doçura maior e eram menos alcoólica (eram consideradas pães líquidos pelos monges). O termo “dopple (dobro) bock” foi dado pelos consumidores de Munich. Muitas dopplebocks tem o nome terminado em “-ator” ou por tributo ao prototypical Salvator ou para tirar vantagem da popularidade da cerveja.

Comentários: a maioria das versões são escuras e podem mostrar uma caramelização e melanoidina, efeitos da brassagem de decocção, mas existem versões mais claras excelentes. Essas versões mais claras não serão tão ricas nem terão os sabores dos maltes escuros presentes nas versões escuras, e podem ser um pouco mais seca, mais lupulada e mais amarga. Enquanto a maioria dos exemplos tradicionais estão dentro das características citadas, esse estilo é considerado como não tendo limite de densidade, álcool e amargor (o que possibilita cerveja lagers bem fortes). Qualquer frutado deve ser causado pelo malte Munich ou maltes especiais, mas nunca ésteres derivados da levedura durante a fermentação.

Ingredientes: malte Pils ou Vienna para as versões mais clara (com alguma adição de Munich), maltes Munich e Vienna para as versões escuras, as vezes um pouco de malte mais escuro (como o Carafa) para ajuste de cor. Lúpulos nobres. A dureza da água Vaira de leve a moderadamente carbonatada. Leveduras lagers limpas. Faz-se, tradicionalmente, a brassagem por decocção.

Estatísticas: OG: 1.072 – 1.112, IBUs: 16 – 26, FG: 1.016 – 1.024, SRM: 6 – 25, ABV: 7 – 10%

Exemplos comerciais: Paulaner Salvator, Ayinger Celebrator, Weihenstephaner Korbinian, Andechser Doppelbock Dunkel, Spaten Optimator, Tucher Bajuvator, Weltenburger Kloster Asam-Bock, Capital Autumnal Fire, EKU 28, Eggenberg Urbock 23º, Bell’s Consecrator, Moretti La Rossa, Samuel Adams Double Bock.


Zainasheff e Palmer, em seu livro Brewing Classic Styles, apontam quais os pontos mais importantes para fazer uma boa Doppelbock. Segundo eles o ponto crucial é a fermentação. A doçura do malte deve vir da pouca lupulagem, e não da baixa atenuação durante a fermentacão, ou até de uma fermentação incompleta.


Ainda segundo os autores, a cerveja deve ser limpa, não muito alcoolica, e que atenue o suficiente para ter uma boa bebibilidade. Para tanto, inocule fermento suficiente e controle bem a temperatura da fermentação. Deixar fermentando a uma temperatura muito alta resultará em ésteres, um erro nesse estilo.


Outro erro comum nos cervejeiros é o excesso. Tentar uma cerveja muito alcóolica ou com muita melanoidina, ou com excesso de decocção pode deixar a bebibilidade desse estilo difícil.


Numa pesquisa rápida por receitas, notei que alguns maltes são bem utilizados nesta receita Pilsner, Munich e Caramunich. Fervura de 90 min. para diminuir o DMS.


Traduzi esse texto livremente, caso vejam algum erro, avisem para que eu possa concertar.

Cheers

sábado, 20 de agosto de 2011

Vídeo sobre a cerveja artesanal no Brasil.

O Colega Thales do blog GOLE DE CERVEJA
fez este vídeo como seu projeto de final de curso de jornalismo.



O resultado ficou muito interessante.
Quem gosta de cerveja, IMPERDÍVEL!

Um Brinde a todos,

domingo, 7 de agosto de 2011

#temlaemcasa no #diamundialdacerveja atrasado

Nesta última sexta feira, dia 05/08 foi o dia mundial da cerveja.
e para comemorar os #BBCs  fizeram uma campanha para mostrar ao público algumas cervejas especiais que estão lá no fundo da gaveta a sete chaves esperando o momento certo para serem degustadas.
Quem me chamou para essa campanha foi o Blogueiro  Greco do Fuck Yeah Cerveja!


A minha ideia seria mostrar as três cervejas que guardo com maior cuidado e sei que estão próximas de seu limite de aguardo.

Duas belgas, sendo uma edição especial de colecionador da Le Chouffe de 1,5 Litros, uma última unidade da WestVleteren 12 que comprei na Bélgica e uma obra prima nacional da Cervejaria Colorado de Ribeirão preto a Imperial Stout Vintage Black Rapadura.


Chamo os colegas: Fabian Ponzi do @bebendobem , Luciano do @mestrecervejeiro e o Fabrício do @fullpint e a Colega Alessandra do Cerveja e esmalte para contarem o que tem na geladeira dele(a)s. 

Prosit!

sábado, 30 de julho de 2011

Desafio Rauchbier

Amigos,

Para nossa agradável surpresa encontramos algumas garrafas de Rauchbier da Eisenbahn esses dias num supermercado aqui perto de casa. Como ainda tínhamos uma garrafa da Rauchbier da Bamberg resolvemos fazer uma comparação. Um DESAFIO DAS RAUCHBIERS nacionais.

A Classic Rauchbier (BJCP 22A) é uma cerveja de baixa fermentação, com aromas e sabores de malte e defumado (advindo da defumação de malte - Rauchmalz - e lembrando um pouco de bacon), corpo médio, carbonatação média-alta, com uma espuma cremosa com uma cor que varia de cobre a um marrom claro. A graduação alcóolica deve ficar entre 4,8 e 6% ABV. (BJCP).

Vamos aos comentários dessas duas cervejas:



BAMBERG

Uma Rauchbier de cor cobre escuro lembrando uma calda de pudim (18 SRM) e levemente turva, tem um aroma maltada com um defumado bem perceptível, remetendo a um churrasco ou bacon. No sabor, o amargor do lúpulo se faz presente mas equilibra muito bem com o doce do malte. Assim como no aroma, o sabor do malte defumado está muito presente e sofre pouca influência do álcool. O retrogosto é de um amargor suave e um doce maltado percistente. Boa bebibilidade.

EISENBAHN

Cerveja de cor cobre, um pouco mais clara que a Bamberg, bem polida e limpa. Bem brilhante, em torno de 15 SRM. O aroma de fumaça é sutil como também o é o aroma de álcool. O sabor deste exemplar da Rauchbier é mais maltado que sua prima da Bamberg. O seu teor alcóolico (6,2% ABV) fica mais evidente com o retrogosto, deixando-o mais quente. Ela é um pouco desequilibrada, falta um pouco de corpo para uma cerveja com este teor de álcool e o gosto/aroma defumado também não é tão evidente.

No conjunto total, achamos que a Rauchbier da Bamberg uma cerveja mais equilibrada e um excelente exemplar deste estilo. Não é a toa que ganhou diversos concursos pelo mundo a fora.

Cheers!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cantillon: "Le Temps ne respecte pas ce qui se Fait sans lui"

Começando nossa saga pela escola Belga vamos localizar geograficamente a posição privilegiada deste maravilhoso país cervejeiro. Com o Centro em Bruxelas o círculo em escuro tem 320Km de raio abrange algumas das mais importantes cidades da Europa: Londres, Paris, Amsterdam, Colônia, Frankfurt e Luxemburgo; Cidades totalmente interligadas por todos os meios de transportes possíveis e imagináveis com pouquíssimas concessões privadas.


Por fatores históricos como fundador da BENELUX e devida a ótima localização Bruxelas foi um dos locais escolhido de forma quase que compulsória para sediar de forma efetiva o Parlamento Europeu. A Bélgica tem a cara da Nova Europa, um país finalmente em Paz mas que nunca esquece de seu breve passado sangrento, que olha para frente os novos desafios sem esquecer de suas tradições.

Uma das tradições deste pequeno grande país é a Cerveja, e que CERVEJA! Desde FarmHouse Ales até as cervejas Trapistas, passando por abadias e chegando em novas e surpreendentes jovens cervejarias, começaremos com algo totalmente a parte: A Cerveja Gueuze, Lambic e Faro da Cervejaria Cantillon.

CANTILLON C'est Bon!

"Se eu estivesse viajando pela Europa e só tivesse 1 único dia em Bruxelas Iria para a Cantillon..."

O tempo Não respeita o que se faz sem ele


Bem próximo ao centro histórico de Bruxelas fica localizada a Brasserie Cantillon, uma pequena cervejaria familiar fundada em 1900 e nunca modernizada que produz cerca de 900hl de cerveja por ano.  

Preços convidativos


A Cerveja da casa fica na família das Gueuze-Lambic cerca de 10 cervejas diferentes são feitas na Cantillon. Se algum dia você já provou uma cerveja do tipo FARO (Timmerman's, Mort Subit, etc) saiba logo que depois de fermentadas por uma sopa de bactérias e leveduras selvagens nem rapadura fica mole nem frutas ficam doce.

Tanque Aberto de Fermentação

As cervejas do tipo Lambic são fermentadas em tanques abertos sem a direta participação humana na inoculação de leveduras/bactérias. Ou seja, as cervejas fermentam de forma espontânea.


 Ambiente mantido há muitos anos inalterado para abrigar as queridas Leveduras e Bactérias selvágens.

Companhia melhor não há! 

A Gueuze é uma cerveja muito intensa, para o bem ou para o mal ainda não estou tão preparado para apreciar grandes quantidades deste tipo de cerveja.

No fim da visita a cervejaria a Gueuze é lindamente colocada em uma bela taça, Com o líquido dourado levemente carbonatado e um pequeno mais persistente creme. O Paladar é extremamente seco e ácido chegando a sugerir até mesmo um salgado. No aroma os traços de lúpulo quase somem sobrando um doce vinagre seguido de couro e papelão. Bebebilidade interessante. Sou louco para repetir a dose para ver se meu paladar evoluiu desde o primeiro impacto com este estilo de cerveja.

Tremenda Vontade de reduzir e temperar uma salada... (amadores) 

Outra cerveja degustada na casa foi a Cantillon lou pepe Kierk, seu rosé translúcido com uma formação leve de espuma fica lindíssima no copo. Aroma de vinagre balsâmico e papelão, sabor salgado e ácido. Mais uma experiência interessante, mas ainda não cheguei ao ponto de admirar tanto este estilo de cerveja.

Vai para Bruxelas? Vá para a Cantillon! Tire suas dúvidas e aproveite e traga uma cerveja dessas para mim...
http://www.cantillon.be/

Escolas Cervejeiras Europeias

A Partir de hoje iniciaremos uma sucessão de Matérias sobre as quatro "principais" escolas cervejeiras Europeias;
Bélgica, Alemanha, Reino Unido e República Tcheca.


Primeiro faremos uma sucessão de Post sobre o país que considero o paraíso da cerveja na terra, a Bélgica. Cada Post apresentará uma cervejaria, algumas cervejas e algum dado interessante sobre o país. 

Como sempre faremos uma abordagem despretensiosa como achamos que um Blog sobre cerveja deve ser, impressões pessoais serão feitas e erros serão cometidos.

Op uw gezondheid!

domingo, 17 de julho de 2011

MALTE: UMA ANÁLISE

MALTE: UMA ANÁLISE

*Extraído e traduzido do livro “New Brewing Lager Beer” de Gregory J. Noonan




Malte de cevada é um dos 4 ingredientes básicos da cerveja, sendo os outros o lúpulo, a água e o fermento. Nós, cervejeiros caseiros, quase nunca nos preocupamos com a qualidade ou propriedades deste. Muitas vezes os cálculos que nos são fornecidos por programas como o Beersimth ou Promash saem diferentes do que realmente acontecem na nossa cozinha, isso muitas vezes é culpa dos dados (ou falta destes) no programa de cálculo de receitas.


O malte contribui com sabor, aroma e cor. Como uma substância orgânica está sujeito as intempéries da natureza, suas propriedades podem variar de acordo com o clima, terreno e até forma de adubagem.

Se o local onde a cevada for cultivada for, por exemplo, úmido e frio, o malte apresentará uma quantidade maior de amido e menor de proteína e gordura. De outra forma num campo onde a fertilização utilizada for rica em nitrogênio produzirá um aumento na quantidade de proteína nos grãos.


Algumas informações básicas necessárias para analisar os maltes estão presentes nos programas de cálculo e podem ser modificados. O Beersmith, por exemplo, utiliza 6 informações para calcular o resultado final da brassagem: umidade; rendimento (yeld); cor; potencial do extrato seco fino (dry basis fine grind extract); poder diastático; nitrogênio total (proteína); e Coarse Fine Difference.


UMIDADE o limite máximo admitido de umidade no malte é de 6%. O mais próximo que o malte estiver de 1,5% menor será o risco de mofo, além de ter uma perda menor de sabor e aroma. Por essas razões, maltes mais escuros não podem ter mais que 4% de umidade. Dos maltes bases o “British Ale” é o que apresenta o menor nível de umidade.


A umidade reflete diretamente na qualidade do malte. Assim, cada 1% no aumento da umidade representa um aumento real de 1% no custo do insumo. Esse aumento se dá, entre outras variantes, devido a baixa eficiência dos grãos e maior consumo de energia ou gás do equipamento.


Para se ter uma ideia da perda de eficiência devido a umidade, use-se o exemplo de um malte com o potencial “dry basis” de extrair 81% de seu conteúdo, caso estes grãos estejam com uma umidade de 6% esse potencial irá cair para 76,1%, enquanto uma umidade de 3% acarretará uma extração máxima de 78,6%.


COR a cor do malte pode ser informado em tabelas diferentes. Os americanos usam a tabela SRM/ASBC/˚Lovibond, enquanto grande parte dos europeus utilizam a tabela EBC. Para fazer a conversão utiliza-se uma fórmula simples: ASBC = (EBC + 1,2)/2,65. Embora esta fórmula não seja precisa, será uma aproximação quase perfeita.


As maltearias inglesas utilizam um sistema diferente para calcular a cor de seus maltes, chamada IOB. O valor IOB é aproximadamente 80% do valor EBC. Sendo assim, se você se deparar com essa unidade de valor para a cor do malte pode utilizar a fórmula SRM = [(IOB/0,8) + 1,2] / 2,65.


Existe também o chamado Homebrew Color Unit (HCU) que é uma soma dos valores SRM das cores de todos os maltes utilizados para a fabricação do mosto. HCU e SRM são semelhantes até uma diferença de 10 unidades, se a diferença for maior será necessário fazer correções para manter o mosto na mesma coloração.


POTENCIAL DO EXTRATO SECO FINO (DBFG) para se chegar ao “dry basis fine grind” (DBFG) o malte é moído numa farinha fina. Usa-se, para tanto, um moinho de discos ajustados numa distancia de 0,2 milímetros.


Essa moagem fina conseguirá extrair o máximo de conteúdo de qualquer malte. Isso indicará a qualidade da cevada utilizada e a eficiência da malteação. Quanto maior o valor DBFG melhor será o malte. Um malte base deverá ter um valor DBFG maior que 78% para ser considerado utilizável.


EXTRATO DBCG (Dry Basis Coarse Grind) o valor do extrato extraído de um malte moído mais grosso é importante para calcular quanto açúcar é possível extrair deste malte. Como a extração ocorre de um malte moído mais grossa, ou seja, mais parecido com a experiência de uma brewhouse.


O DBCG é sempre menor que o DBFG pois além de ser extraído de uma moagem mais grossa, a extração em laboratório sempre vai ser mais eficiente do que uma extração normal.

Na realidade a eficiência de uma brewhouse é 85 a 95% do que o DBCG informa. Para prever a eficiência dessa extração é necessário calcular a umidade do malte. A fórmula é DBCG/(1 + umidade) – 0,02 = AICG (as-is coarse grind).


Por exemplo, quando o DBCG é 80% e a umidade é 5% o resultado será:

(0,80/1,05)-0,02=0,7599


Dessa forma, 76% é o limite máximo de extrato que um cervejeiro poderá obter deste malte, isso levando-se em conta a extração total de seu conteúdo, ou seja 100%. Caso o cervejeiro obtenha uma eficiência média de 92% então podemos antecipar que o conteúdo máximo a ser extraído do grão será de:

[(0,80/1,05)-0,02]x0,92 = 0,699


DIFERENÇA ENTRE FC E CG (fine grind e coarse grind em inglês Coarse Fine Difference) a diferença entre esses dois indicativos mostra o quanto o malte foi modificado. Os cervejeiros devem ficar atentos para adquirir maltes com uma diferença menor que 2%. Caso pretenda fazer a brassagem utilizando infusão simples a diferença deve ser menor que 1,8%.


DP, ºLintner (PODER DIASTÁTICO ASBC) o poder diastático é a combinação da força das enzimas alfa e beta amilase contidas no malte. Essa medição, juntamente com outras informações obtidas na analise do malte vão dizer o poder enzimático dos grãos.


Quando o malte é bem convertido e possui baixos níveis de proteína o seu DP pode ser baixo, como 35 a 40. Para os maltes lagers pode o DP normal é 100, 125 para os 2 row americanos e 160 para os 6 row. Uma informação importante é que o DP do malte diminui quando sua coloração aumenta.


PROTEÍNA o valor do nível de proteína é igual ao do nitrogênio multiplicado por 6,25. Para aqueles que fazem brassagens “all grain” é importante notar que a proteína do malte não pode exceder os 12% do peso. Os maltes europeus tem um nível de proteína girando em torno de 9 a 10%.


Sendo assim, é de suma importância descobrir a análise do lote do malte que você está adquirindo. Com essas informações disponíveis você poderá efetuar cálculos mais precisos e será mais constante nas suas brassagens. A análise do malte é normalmente informada em “dry basis”, que são os parâmetros os quais o malte foi analisado (normalmente secando o malte até que este atinja 0% de umidade). A comparação entre maltes se torna mais fácil quando a umidade dele é nula.


Existem muitas outras informações que podem ser utilizadas para comparar maltes ou saber quais podem ser utlizados numa brassagem simples ou precisam de uma decocção. Mas essas informações são as mais importantes e utilizadas nos programas de cálculo de receita.


Portanto, da próxima vez que comprar seu malte solicite a análise e, principalmente, inclua os números no seu programa. Assim você terá certeza da eficiência de sua brassagem.


Cheers!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Carta de Florianópolis...

Nós da @recbrew assinamos embaixo...

CARTA DE FLORIANÓPOLIS
Nos últimos 8 anos vivemos o renascimento das cervejas artesanais no Brasil. Hoje, o País tem mais de 200 microcervejarias espalhadas por todo o Brasil. As microcervejarias se caracterizam por produzir cervejas regionais, em pequenos volumes, muitas vezes refletindo a cultura da região e explorando sabores e estilos que não são produzidos pelas grandes indústrias cervejeiras.
Estamos vivendo o renascimento desta cultura no Brasil, inclusive criando uma nova escola cervejeira que já é reconhecida no mundo pela sua qualidade. Isso é resultado do trabalho e dos investimentos das microcervejarias e dos cervejeiros caseiros que colocaram o nosso país no mapa das cervejas artesanais de qualidade. Isso é comprovado pelo reconhecimento internacional, nos últimos anos, através dos vários prêmios conquistados nos cinco continentes pelas cervejarias artesanais brasileiras. Ou seja, o Brasil está sendo reconhecido pela qualidade das suas cervejas – principalmente pelas artesanais.
Entretanto há um paradoxo: o setor enfrenta um grande desafio para se manter e até se expandir, que é a tributação. Hoje 2/3 do preço de uma cerveja artesanal é composto por tributos. Como a estrutura das microcervejarias é a de pequenas e micro empresas, não tendo ganho em escala, o empreendimento se torna inviável.
Para se ter uma idéia do que representa essa carga tributaria, se uma cervejaria produzir 10.000 litros por mês, ela paga de tributos o referente a 6.000 litros, sobrando 4.000 litros para pagar matéria-prima, funcionários, instalações, remuneração do investimento, etc.. o que torna inviável o negócio.
Na microcervejaria, os custos de matéria-prima são muito mais elevados do que nas grandes cervejarias, pois aquelas se utilizam apenas de materiais de qualidade, adquiridos em pequenas quantidades e quase sempre importadas, já que os nacionais são monopolizados pelas grandes empresas do setor.
Apesar de as microcervejarias se enquadrarem perfeitamente como micro empresas e empresas de pequeno porte, elas são impedidas de optarem pelo Sistema Tributário “SIMPLES”, da mesma forma que as distribuidoras de cerveja, prejudicando mortalmente a sua sobrevivência financeira.
Hoje o mercado das cervejas artesanais não ultrapassa 0,04% do total das cervejas vendidas no país, ou seja, um benefício fiscal não representaria perda de arrecadação, pelo contrario, iria incentivar o setor a aumentar a produção. O exemplo é o Estado de SC que, apesar de reduzir a alíquota de ICMS, arrecadou R$ 336.000,00 de ICMS no ano de 2006 e já no ano de 2010 atingiu a cifra de R$ 800.000,00.
Outro forte argumento é a empregabilidade. As pequenas cervejarias geram muito mais postos de trabalho que as cervejarias de grande porte. Enquanto em uma microcervejaria é gerado um emprego para cada 50.000lts produzidos por ano, nas grandes cervejaria é gerado um emprego para cada 1.000.000 de litros ano.
Alguns olham o setor de forma equivocada, achando que conceder benefícios fiscais significa incentivar a bebida alcoólica, um produto politicamente incorreto. Mas é importante frisar que as microcervejarias não estimulam a ingestão de quantidade, e sim de qualidade, fato similar que ocorre com a indústria do vinho. A cerveja artesanal é, em geral, mais cara que uma cerveja comum porque seus custos de produção são diferentes, o que cria uma barreira natural ao consumo em grande quantidade.
As microcervejarias estão gerando uma cultura cervejeira no Brasil, retomando a história que foi interrompida há algumas décadas quando os grandes grupos adquiriram as pequenas cervejarias. As microcervejarias artesanais proporcionam o incremento da indústria do entretenimento, hoteleira, gastronômica, turística, etc.
Muitas cidades têm orgulho de terem uma microcervejaria hoje em dia. Não há como contestar que a cerveja tem acompanhando a humanidade há mais de 6.000 anos, tratando-se da terceira bebida mais consumida no mundo – atrás da água e do chá - mas é considerada como alimento, devido ao seu alto teor de carboidratos, sendo por isso intitulada pão líquido.
Ao contrário das grandes cervejarias, as microcervejarias têm sua produção artesanal, algumas com estrutura familiar, personalizadas, com a criação e desenvolvimento de estilos e receitas próprias. Outra diferença é a variedade de sabores e tipos de bebida oferecidos pelas microcervejarias. Trata-se de produto único, que tem um público específico voltado à gastronomia, além de fomentar a economia e promover a geração de empregos, pois a relação pessoal empregado pelo volume de produção é muito superior nas microcervejarias.
O setor das Cervejas Artesanais também desenvolve o setor da indústria de equipamentos, distribuição e revenda de bebidas, além da criação de cursos profissionalizantes de técnicos cervejeiros, mestres cervejeiros, beersomelier, etc. Ou seja, existe uma grande cadeia econômica beneficiada.
Sabemos que o mundo da Cerveja Artesanal é desconhecido para uma grande maioria das pessoas do nosso País, mas para desenvolvê-lo com qualidade é necessário a redução da carga tributária. Para a sobrevivência do setor, o primeiro passo seria a abertura da opção pelo regime do SIMPLES para o mercado cervejeiro (fábricas e distribuidores).
Pela importância econômica e cultural do setor, vimos por meio desta solicitar a atenção de vossas senhorias para que as Microcervejarias sejam incluídas no SIMPLES, para que assim possam ter uma carga tributária justa.

domingo, 5 de junho de 2011

Vinho x Cerveja

Muito interessante o post do nosso amigo Beto Cavendish da Emporium Beer Store, mostra que uma cerveja boa pode ser produzida em qualquer parte do mundo, já o vinho....

Na hora da compra: Vinho x Cerveja
Posted on 04/06/2011 by Alberto Cavendish

Ontem um amigo me fez uma pergunta e resolvi responder em forma de Post em meu Blog pois achei a pergunta bem interessante e pertinente.

Ele me perguntou sobre a relação de compra dos vinhos (caros e de países específicos) com as Cervejas. Na área dos Vinhos, se você compra de países específicos e uvas específicas não tem muito erro em relação à qualidade do líquido. Exemplificando: se você comprar um vinho Frances, Italiano, Espanhol, Africano ou Australiano, as chances de se obter um bom vinho são muitas.

Com relação às Cervejas a teoria dos Vinhos pode ser verdade em partes. Se você comprar uma Cerveja da Alemanha, Bélgica, Republica Tcheca ou do Reino Unido, as chances de você provar uma boa Cerveja também será grande, pois são países que, além de muito tradicionais com as Cervejarias, tem uma cultura muito forte com as Cervejas de qualidade.

A grande diferença que vejo entre o Vinho e a Cerveja, é o processo de produção. No caso dos Vinhos, a uva é o ponto mais importante de todo o processo de produção, sendo responsável pelos diferentes tipos de vinhos. Um vinho de uva Merlot, por exemplo, produzida originalmente na região de Bordeaux, terá sempre uma qualidade melhor nessa região. Ou seja, as uvas (principal ingrediente do vinho) podem sofrer variações com relação a sua região de produção, fazendo com que possamos diferenciar a qualidade dos vinhos pela região que for produzido.

Quando falamos de Cervejas, a região que é produzida a Cevada(ou qualquer outro tipo de cereal utilizado) não faz muita diferença, pois estes cereais sofrem um processo chamado de maltagem, que transformam estes cereais em malte, para a produção da Cerveja. Estes maltes podem ser exportados e importados sem prejudicar a qualidade dos mesmos, fazendo com que regiões que não tenham produção de Cevada por exemplo, possam produzir Cervejas de qualidade inquestionáveis. Para se ter idéia, a Europa, Russia e Canadá, são responsáveis pela produção de 70% da Cevada no mundo.

Não podemos ter, no caso das Cervejas, o preconceito que existe hoje com relação aos Vinhos. Encontraremos excelentes Cervejas em regiões pouco tradicionais. Um bom exemplo disso tudo são as Cervejas brasileiras, que apesar de produzir pouca Cevada e não produzir Lúpulo (Terceiro ingrediente na formação da Cerveja, além da água e o do Malte) em solo brasileiro, possui diversos rótulos premiados internacionalmente por sua qualidade.

Como podemos observar, a qualidade da Cerveja produzida nas regiões, é mais proporcional a Cultura Cervejeira do que a capacidade de produzir as matérias-primas. Nos Vinhos, onde se utiliza matéria-prima (uvas) fresca, a região se torna mais importante no processo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cerveja ainda pode ser de Verdade... #cervejadeverdade

     Há mais de oito mil anos a humanidade bebe cerveja. É uma das bebidas mais consumidas do mundo, isto todos nós sabemos. Mas o que muitos desconhecem é a riqueza dessa bebida. São diversos estilos, cores, sabores, aromas e histórias por trás de cada gole. Existe hoje um renascimento das cervejas de alta qualidade e queremos que todos saibam que elas existem. Nós, blogueiros que falamos sobre a cultura cervejeira, queremos trazer as boas novas, informar e apresentar este vasto universo. Para isso, criamos o Blogueiros Brasileiros de Cerveja, o BBC.


Convido a todos a Twitarem #cervejadeverdade hoje e mostraremos a todos no Brasil queremos consumir #cervejadeverdade

     É com muito orgulho que nós da @recbrew fazemos parte deste movimento #BBC e estamos ajudando neste trabalho de formiguinha divulgando a possibilidade de retomar as cervejas das mãos de grandes indústrias e trazermos de volta para uma escala humana de produção focando sempre na qualidade e não no índice de rejeição! 

Um Brinde com uma #cervejadeverdade por uma #cervejadeverdade


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Reunião ACervA-PE


Atenção sócios da ACervA PE. Nesta quarta feira, dia 04/05, as 20:00 horas, teremos uma reunião para tratar de assuntos de nossa Associação.

Entre os assuntos a serem discutidos estão prestação de contas, eventos da ACervA em PE e em todo o Brasil, além da apresentação da nossa logomarca.

A presença (e principalmente opinião) de todos é muito importante.

Para os interessados entrar em contato conosco para pegar o endereço:

romeroperman@gmail.com
bel.wanderley@gmail.com

Cheers

terça-feira, 19 de abril de 2011

Brassagem Dupla

Pessoal,

Há algum tempo fizemos uma brassagem dupla e gravamos. Tentamos fazer algo bem didático para que todos entedam.

Espero que facilite a vida de vocês.

Qualquer dúvida podem entrar em contato conosco.

Cheers

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cerveja do Curso.

Prezados,


Seguem fotos da cerveja que fizemos no nosso último workshop.



Como podem verificar existe uma espuma densa se formando no topo (por isso que se chama alta fermentação). Essa espuma é chamada de "Krausen" e é formada por leveduras vivas e mortas, resinas de lúpulo entre outras coisinhas...


Pode-se ver particulas brancas da espuma que ficam em movimento

Pode parecer feio, mas faz parte da fermentação, que está acontecendo a 18 graus. Esse é o segundo dia.

Cheers

domingo, 10 de abril de 2011

III WORKSHOP DE CERVEJA ARTESANAL EM RECIFE.

Prezados,

O que dizer? O curso foi um sucesso. Mesmo com um "tuck sparge" (nome bonito pra entupimento) durante a brassagem e o atraso inicial, por problemas na eletricidade, as 15 pessoas que participaram elogiaram bastante.


A turma.

Infelizmente Juliana não pode ir nos ajudar e com isso esqueçemos de levar algumas coisas que ela jamais esqueceria. Entre elas as fichas de avaliação do curso, que entregamos ao final do curso solicitando um feed back dos alunos.


Filipe em sua aula teórica.

Entretanto todos que conversaram conosco após a aula se mostraram bastante satisfeitos e agradeceram a oportunidade, quando na verdade somos nós que temos que agradecer. Conseguir difundir essa cultura é uma experiência gratificante para nós. Encontrar pessoas interessadas em aprender é ainda melhor, serão novos companheiros e quem sabe cervejeiros.


Confraternização durante a fervura.


Um agradecimento especial para Gabi, por toda ajuda prestada antes, durante e depois do workshop e ao Sam's Club por nos ajudar mais uma vez neste empreendiment.


O produto final, uma APA, OG 1.055

A cerveja deve ficar pronta no começo de maio, avisaremos a todos os participamentes para nos reunirmos e degustarmos o fruto de tanto trabalho.

Cheers!

No post mix...

Em breve mais uma entrevista com Filipe Muniz e Romero Perman no ar!

Desta vez o programa é o Interativo.

*Segue a tradicional foto do making of