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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um Prólogo ao resgate da Cerveja


     Seja Ruiva, morena ou loira, a cerveja evoca um universo feminino sensual e delicioso. Como poderia ser de outro modo se levarmos em conta que por séculos e séculos, as mulheres são as responsáveis pela fabricação e elaboração desta maravilhosa bebida? O consumidor comum sentado no balcão de um bar saboreando um copo bem frio de chopp, nem imagina o glorioso passado da bebida que lhe reanima. Mas os verdadeiros aficionados não ignoram a enorme riqueza histórica desta bem dita bebida. 
     O mundo da cerveja não se limita as fronteiras européias. Nossa bebida tem uma carta de cidadania em todo o planeta. As cervejas de cevada européia são tão especiais como as cervejas de arroz asiáticas, ao Caxirí brasileiro, as cervejas de milho Aztecas, e as africanas de Soio.  Todos os povos, desde o Tibet ao Haiti, honram este alimento líquido: A Cerveja é sobretudo um símbolo!

     Mais do que uma questão histórica ou geográfica, a cerveja é um testamento formidável da cultura e dos hábitos dos homens do passado e de hoje. Porção sagrada, bebida mitológica, sempre companheira dos poderosos e dos humildes, dos guerreiros e dos camponeses. Moderna e informal, sempre se destina como lubrificante social e designada para saciar as sedes insaciáveis e os paladares mais exigentes.

     Sempre feita de forma artesanal, primeiro pelas mulheres e mais tarde pelos monges, a cerveja se transformou em uma verdadeira indústria de produção em massa quando caiu na mão dos homens. Decisões não são mais tomadas pelos mestres cervejeiros. Agora eles buscam o menor denominador comum, sobrando o Marketing para convencer o mercado de que cerveja é uma bebida leve e refrescante, um verdadeiro refrigerante!

     Hoje, a arte está voltando à sala de brassagem! O Brasil já possui milhares de cervejeiros(as) caseiros(as) e o mercado de cerveja artesanal está cada vez maior. Crescendo mais do que a indústria tradicional.  Nós, cervejeiros caseiros, temos como meta resgatar na história da cerveja um símbolo de alimento e cultura e quem sabe convencer a todos que: 

Skol não é cerveja, Malzenbeer é ruim e que se alguém aqui consegue distinguir uma Brahma de uma Antrártica é um gênio da análise sensorial!!!

#Leiam o Livro:
El Libro del amante de la cerveza, parte do conteúdo e idéias foram baseados nele!
Christian Berger - Philippe Duboë-Lourence

#Obra de Arte: 
La Serveuse de Bocks
Manet, Edouard


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